ABSTRACT
Foram implantados, através de tubos de polietileno, no tecido conjuntivo subcutâneo dorsal de 25 ratos, os materiais Duraphat e Dycal. Decorridos os períodos de 3, 7, 15, 30 e 60 dias, os animais foram sacrificados e as biópsias obtidas. Os cortes histológicos revelaram que o verniz Duraphat promoveu intensa necrose e reação inflamatória nos 4 primeiros períodos estudados, com predomínio de células mononucleares, sendo que no último, a reação inflamatória foi moderada. A formação da cápsula fibrosa iniciou-se aos 15 dias com uma discreta organização e compactação de fibras colágenas e fibroblastos, sendo mais evidente no último período. A presença de células gigantes ocorreu aos 7, 15, 30 e 60 dias pós-operatório e o cone capsular formado junto à abertura tubular, área principal de análise, regrediu de forma lenta com o decorrer dos períodos. Por outro lado, o Dycal promoveu discreta necrose e reação inflamatória inicial com predomínio de células mononucleares dispersas; organização e compactação de fibras colágenas e fibroblastos ocorreu junto à abertura do tubo. Com o decorrer dos períodos foi observado regressão do quadro inflamatório. Na área principal de análise não havia necrose e formou-se uma cápsula fibrosa densa junto à abertura tubular em continuidade com aquela presente na superfície lateral do tubo. Desta maneira, foi possível concluir que o Duraphat é um material mais irritante que o Dycal e que este Verniz fluoretado dificulta o progresso da reparação, quando em contato direto com o tecido conjuntivo subcutâneo de rato